terça-feira, 13 de outubro de 2009


Tento inutilmente fugir das coisas que me rodeiam,assim como tento achar o paraíso de onde ouço palavrórios inalteráveis,a chuva me acompanha nas loucuras distintas de percepção. A beleza das gotas que me molham não permitem entender o porquê destas caírem tão bruscamente, meu barco aprendi a dirigir sozinha sem qualquer colaboração do mar, enclausurado a uma revolta que era constante, numa agonia infundada de me achar nas profundezas do meu avesso remoto, me perdi em meio a tantas águas, em meio a tantas dores e numa demanda de superficialidade espiritual. Isso tudo é engendrado no corpo cogitado e totalmente resolvido a se esquecer sutilmente dentro de uma territorialidade, onde ninguém se nota, onde ninguém se mostra. Assim rumo aquele de onde corriam boatos repentino, eu, tentando renascer no mínimo natural da vida, e meus olhos enxergam a esperança de um encontro que antes morava na minha conjectura abalada e formatada a todo tempo, mas que agora estava tão perto quanto o ar que eu respirava,um encontro que vem do íntimo, entranhado a uma vontade de sentir a brisa, de sentir as plantas, de ver o mundo de outro jeito e começar do zero, como um ser que acaba de nascer.
Jamily Ordônio

2 comentários:

Unknown disse...

Seus textos são simplesmente muito bem engendrados. Estou começando a gostar dessa palavra.
Continue escrevendo maravilhosamente bem.
=)

Anônimo disse...

Que gostoso de ler!! Transformar pensamentos em palavras é um dom!! Continue exercitando o seu, moça! Um beijo!!

Maíra Viana - www.mairaviana.com.br