domingo, 8 de novembro de 2009

Respostas?


     Dois estados e uma distancia bastante considerável, dois mundos, distintos, porém muito parecidos, duas pessoas e vários medos, vários caminhos, estradas para se optar, escolhas difíceis, seria a magia, o encanto, o amor, a vontade, os sonhos que nos une ou a saudade, existe por que de forma carnal, melhor dizendo, a presença não se faz tão presente como a definição da palavra, como seu real sentido... O que realmente nos separa? o que nos mantém de fato distantes? A distância e apenas ela? Ela seria a única guilhotinada, a única culpada dessa angústia, desse desespero de se manter colado, dessa imensa vontade de viver esse devaneio muito bem fundado? Não sei se as respostas pra essas perguntas existem, na verdade, não sei nem se eu quero ouvi-las, talvez elas machuquem mais que essa distância, eu sei que nada é apenas volúpia que vem e passa, é bem mais que isso, mas ela vem devagar, vai ficando, se alojando sem ser notada, é, de repente nos vemos tão dependentes, tão necessitados um do outro, a distancia é a mesma,não mudou, mas a vontade aumenta, a saudade aumenta, o amor aumenta e a dor, em momento algum diminui, pelo contrário, queríamos nós que amenizasse, será que ainda somos protagonistas dessa história que muitos chamam de louca? Ninguém sabe o que se passa... Será que essa vida que a nós foi dada para viver, é justa? Espera ai! Mas quem sou eu pra falar de justiça! Não sei do que eu to reclamando, não me leve a mal, não to reclamando, é apenas um desabafo que precisa ser exposto, que precisa ser sentido, entendido, muito bem codificado, não estou brincando com palavras, não estou aqui tentando ser, eu sou, eu sinto, tudo isso é intenso, mas aí a felicidade vem e derruba tudo, tudo vai se iluminando, a partir do momento que eu coloquei minha mão na sua, tudo ficou sólido, tudo floresceu, tudo criou asas e voou, tudo criou beleza, vida, forma, cores, luz, a partir do momento que você adentrou seus olhos intensamente vivos nos meus, eu me senti penetrada tão delicadamente, e eu gosto,eu quero, o toque das suas mãos, os seus braços me chamando de sua, seu abraço acolhendo meu corpo, com cuidado, com cautela, com amor. Desde então, eu não sei mais o que é medo, o que é estar desmotivada, o que é distância, eu quero você, eu preciso, eu não quero tentar viver sem você, eu quero viver com você, pois é, eu me perdi, és a minha única referência.

Jamily Ordônio

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Apenas um devaneio...

Ás vezes o tempo parece parar, os olhos se fecham, a boca deseja, os pensamentos vão tão longe, os pensamentos vão até você, sinto minha mão sendo tocada pelos seus lábios e os mesmos tocam delicadamente os meus, sinto meus braços encaixar nos seus, numa sintonia perfeita, sinto seu cheiro, mesmo não sabendo que cheiro você tem, mas você tem o cheiro que eu quero, o aroma mais sublimes, mas singelo, o arrepio é lento e brusco, as perguntas vem, as repostas quase nunca voltam, é como falar sozinha e ao mesmo tempo falar com você, ouvir essa voz rouca, grossa e tão suave, seus olhos piscam, brilham tão reluzentes que chegam a gritar a emoção não contida, é como ter seu coração em minhas mãos, dentro de mim, meu sorriso é reflexo do seu, somado a uma excessiva insensatez, sensata. Estranho não é? Não se questione, mas eu, realmente sinto tudo isso... Aí é quando a sua falta incomoda, os olhos se abrem e eu noto, a realidade me mostra, que eu estou no mesmo lugar, na mesma posição, as coisas continuam do mesmo jeito, eu continuo com o mesmo sorriso que você me causa, as lágrimas me invadem e é sempre assim, tão longe de você, tão perto de você... Fazer o que? Eu respiro você, eu respiro amor!

Jamily Ordônio